Enfermeira que morreu ao ter pescoço cortado por cerol comprou moto 15 dias antes do acidente: 'não está sendo fácil', diz marido

  • 02/02/2024
(Foto: Reprodução)
Cátia Pavaneli, de 34 anos, morreu no dia 27 de janeiro. Ela deixou marido e dois filhos, um de 15 e outro de 5 anos. O caçula estava com a mãe no momento do acidente e presenciou a morte dela. Família fala sobre acidente com cerol que matou enfermeira em Três Lagoas Cátia Pavaneli, de 34 anos, que morreu no dia 27 de janeiro após ser atingida no pescoço por uma linha de pipa com cerol, em Três Lagoas (MS), havia comprado a moto com a qual se acidentou há apenas 15 dias. Segundo o marido da vítima, Éder Gomes de Moura, o veículo era fruto de muito trabalho da esposa, que era enfermeira. Veja a reportagem acima. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1MS no WhatsApp No dia do acidente, Cátia disse ao marido que só faltava R$ 300 para ela conseguir terminar de pagar a moto. O cerol - uma mistura de cola e vidro em pó - causou um corte profundo na enfermeira, que morreu antes das ambulâncias chegarem. Cátia em seu álbum de formatura do curso de Enfermagem. Arquivo pessial Éder e Cátia se conheciam desde criança. Ele a viu se formar na escola, estudar para passar no vestibular, alcançar a profissão que sempre desejou e engravidar dos filhos que tiveram juntos. Contudo, Éder nunca imaginou que também presenciaria os últimos momentos da esposa com vida. "Para mim não está sendo nada fácil ainda, né? Bem recente, não sei também quando que vai ser, quando que eu vou superar. Acho que tem uma grande jornada aí para superar. Tento buscar força nos meus filhos, né, que eu tenho um filho de 5 anos e um de 15. Parece que eles veem que o pai tá mais debilitado do que eles, mas estamos unindo forças pra suprir essa falta", afirmou. O filho de 5 anos do casal estava com Cátia no momento do acidente e presenciou a mãe morrer. Foi ele que ligou para dar a notícia para o pai, mesmo sem conseguir entender realmente o que estava acontecendo. Polícia apreendeu cerol após ocorrência. Redes sociais e PMMS/Reprodução De acordo com Éder, a criança acredita que a mãe virou uma estrela e foi morar no céu. "Eu creio muito em Deus, porque meu filho tá forte. Ele fala: pai, a mamãe foi morar com o Papai do Céu, virou estrelinha. Então ele sempre fala isso, sempre acorda falando coisas positivas. Ele tá sendo forte. Meu menino mais velho, de 15 anos, também", explicou o pai. O dia do acidente: Éder explica que a manhã daquele sábado foi normal na rotina da família. Eles almoçaram juntos e depois Cátia foi trabalhar e ele, ajudar em uma obra na casa de um familiar. Por volta das 14h30, a mulher foi ao encontro do marido, ficou um tempo por lá e, em seguida, decidiu voltar para casa, pois cuidaria de um paciente no período da noite. Quando deu 17h, Éder ainda não tinha terminado o serviço na obra e Cátia precisava ir trabalhar, então decidiu deixar o filho de 5 anos com o pai na obra, antes de ir até a casa do paciente. "Quando deu uns 40 minutos me ligaram, era meu filho, ele não sabia explicar, disse que a mãe tava machucada, estava com sangue", disse. Pipa recolhida pela polícia no local do acidente. Divulgação O marido então decidiu ir até o local do acidente, que era próximo de onde ele estava, e chegou antes da equipe de socorro. "A gente vê na televisão sobre o risco de pipa, então quando falaram que ela tinha se acidentado com linha de pipa eu já estava temendo o pior. Coisa que todo mundo sabe que é um risco, ela não foi a primeira e se continuar assim outras pode acontecer com outras pessoas", lamentou. Éder relata que tentou prestar os primeiros socorros e fazer o que podia para que a esposa sobrevivesse, mas percebeu que o ferimento era muito grave, com o sangue de Cátia espalhado pelo chão. "Foi lamentável a cena, muito dolorosa, volte e meia volta essa cena vem na cabeça ainda, eu tentando fazer alguma coisa. Esse trauma ainda persiste, acredito que leva um tempo pra eu falar que tô bem. Bem, bem eu não vou tá porque ela não vai estar comigo", completou. Material encontrado pela polícia. Divulgação Justiça: A Delegacia Civil de Três Lagoas segue investigando o caso, em busca da pessoa responsável pela linha com cerol que causou o ferimento em Cátia. O marido dela está acompanhando as investigações e afirma que confia na Justiça brasileira, mas defende maior conscientização sobre o assunto e um lugar próprio para que as crianças soltem pipas, longe das ruas. "Educação já começa do berço, né, dos pais orientar os filhos a não utilizar esse tipo de equipamento. Eu espero que a justiça seja feita para inibir esse tipo de esporte, principalmente em locais urbanos, utilizando esses tipos de equipamento aí que é proibido. Todo mundo já sabe que é proibido, assim como hoje tem lugares específicos para esporte, eu acho que pipa deveria ser o mesmo. Não autorizar mais em lugar nenhum, somente em lugar específico, como se fosse um esporte normal", completou. Em Mato Grosso do Sul, a lei nº 3.436, de 19 de novembro de 2007, prevê multa e medidas socioeducativas para quem usar linha com cerol. Pais ou responsáveis podem responder como coautores do crime se for comprovado que o ato foi praticado por seus filhos. ❗🪁Cuidados para quem é adepto a pipa Empine pipas longe da rede elétrica, onde não exista nenhum tipo de cabo de energia, de serviço telefônico ou antenas de celular; Busque espaços abertos como praças, parques e campos de futebol para usar o brinquedo; Não solte pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos; Não utilize papel alumínio na confecção da pipa; Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. Não tente pegar a pipa na fiação, nem com as mãos, bambus ou qualquer outro objeto; Não solte pipas em dias de chuva, principalmente se houver relâmpagos; Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas, pois as linhas não podem ser vistas por eles e causar graves acidentes; Sempre que possível, os pais devem acompanhar as crianças nessa brincadeira. A conscientização é fundamental para reduzir transtornos e acidentes. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2024/02/02/enfermeira-que-morreu-ao-ter-pescoco-cortado-por-cerol-comprou-moto-15-dias-antes-do-acidente-nao-esta-sendo-nada-facil-diz-marido.ghtml


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